Frequentemente, pais divorciados buscam compreender a natureza da pensão alimentícia, especialmente durante os períodos de férias em que a criança passa mais tempo com um dos pais. Uma dúvida comum surge:
"Se meu filho vai passar um mês comigo e eu cobrirei todas as despesas durante esse período, por que devo continuar pagando pensão ao outro genitor?"
É uma questão compreensível. Para responder, é crucial entender a finalidade da pensão alimentícia.
A pensão alimentícia serve para manter a estabilidade financeira do lar da criança, cobrindo despesas fixas que persistem mesmo durante as férias. Estas podem incluir aluguel, mensalidade escolar, plano de saúde, atividades extracurriculares (como aulas de futebol, balé, etc.), e outras despesas regulares. Mesmo que a criança passe um mês inteiro fora desse ambiente, essas contas continuam a ser devidas.
Mas, e se a criança não tem despesas fixas como essas? Ainda assim, a pensão alimentícia precisa ser paga. Isso acontece porque a lei entende que a pensão é essencial para o bem-estar da criança, sendo a regra geral a manutenção de seu pagamento.
É importante destacar que a recusa no pagamento pode levar a consequências judiciais. Se um dos pais se recusar a pagar a pensão alimentícia durante as férias, o outro pode entrar com uma ação judicial para exigir o pagamento. O não pagamento pode resultar em sérias penalidades, incluindo a prisão.
Entretanto, existem exceções a essa regra geral. Por exemplo, já foram feitos acordos judiciais onde ambos os pais concordaram que, durante os meses de férias em que a criança estivesse com o pai que paga a pensão (o alimentante), o pagamento dessa pensão não seria efetuado. No entanto, essa condição precisa ser explicitamente mencionada no acordo ou sentença judicial.
Em suma, é crucial que os pais entendam a necessidade da continuidade do pagamento da pensão alimentícia durante as férias da criança. Este pagamento garante a manutenção da estabilidade financeira do lar da criança e, por conseguinte, seu bem-estar. Como sempre, em questões legais complexas como esta, é aconselhável procurar o aconselhamento de um advogado de direito de família.
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